Revista EBS

Passeata pede a volta dos eventos em São Paulo

Foto: Redes sociais

Aconteceu hoje (13/09) na parte da manhã, a 1ª Passeata Geral pelo Retorno do Setor de Eventos, organizada por profissionais que integram a extensa cadeia do setor de eventos, que cansados das indefinições e falta de assistência por parte das autoridades aos milhares de trabalhadores do setor, pedem auxílio para categoria e retorno dos eventos em São Paulo. As reivindicações foram enderaçadas ao Prefeito de São Paulo, Bruno Covas e Secretários de Cultura.

O grupo ligado à indústria de eventos se encontrou em frente ao Monumento “Empurra”, em frente ao parque do Ibirapuera, em São Paulo. O movimento tem como objetivo enfatizar a importância do setor para a economia e fazer reivindicações, consideradas urgentes para sobrevivência das categorias, como a criação de um programa municipal de retomada, a criação de uma linha de crédito voltada para o setor e uma renda mínima aos profissionais até o fim da decretação do estado de calamidade, a exemplo do PL 735.

“Somos produtores, promotores, recepcionistas, carregadores, faxineiros, seguranças, brigadistas, enfermeiros, médicos, motoristas de ambulância, motoristas de transportes, cenógrafos, cenotécnicos, técnicos, animadores, decoradores de eventos, paisagistas, empresas de mobiliário, fotógrafos, cinegrafistas, produtoras de filmes, gráficas, artistas, buffets, garçons, cumins, copeiros, cozinheiros e chefs de cozinha, mestres de cerimônia, redatores, diretores de arte, planners, atendimentos, assessores de casamento, cataqueiros, manobristas, entre outros, ou seja profissionais que se dedicam, dia a dia, para proporcionar engajamento com marcas, lançamentos de produtos, eventos e experiências ao público. Durante toda a história, nos dedicamos a fazer acontecer sem holofotes, mas a história mudou”, afirma o produtor executivo Felipe Floripa Guedes.

Formando “alas/setores” que representaram os mais diversos serviços e profissões que envolvem os eventos, os profissionais montaram um “desfile” por toda a extensão do trajeto – desde a saída lateral da Alesp – Assembleia Legislativa de São Paulo – e contornou o Monumento “Empurra”, seguiu até o retorno que antecede o Obelisco terminando o percurso em frente a Alesp.

As alas foram sinalizadas por cordas, faixas e cartazes que ilustram o momento dos profissionais. O distanciamento foi respeitado com fitas coloridas que estavam nas mãos de cada participante, esticadas com 1,5m de distância, e o uso de máscaras será obrigatório.

O movimento lembra que já são 165 dias em que o mundo virou de ponta cabeça e os eventos pararam e que precisam voltar a exercer suas funções, com segurança, o mais rápido possível.

O setor de eventos e entretenimento no Brasil emprega mais de 25 milhões de profissionais formais e informais. Esses números estão sendo publicados desde o início desta pandemia e já não são novidade.

Somente a indústria de Eventos impacta mais de 50 setores da economia e movimenta, anualmente no país, mais de R$ 930 bilhões, o que representa quase 13% do PIB – índice maior que o das indústrias automobilística, farmacêutica e a petrolífera -, com a geração de 25 milhões de empregos diretos e indiretos. O Brasil organiza e recebe cerca de 590 mil eventos anuais. Segundo a AMPRO – Associação de Marketing Promocional -, a ausência dos Eventos já causou prejuízos estimados de mais de R$ 200 bilhões à economia brasileira.

“Expor as estatísticas não promove a retomada. Precisamos voltar a exercer nossas funções, com segurança”, enfatiza Felipe Floripa Guedes.

Confira as reivindicações dos profissionais:

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