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Unedestinos projeta 2026 como ano de oportunidades para o turismo nacional

Grande número de feriados prolongados são chance de viagens para conhecer destinos nacionais
Com 11 feriados prolongados, Copa do Mundo e crescimento da chegada de estrangeiros, destinos devem se preparar para maior demanda no próximo ano

Publicado em 19/12/2026

O ano de 2026 tem tudo para dar destaque para o turismo no Brasil. A distribuição dos feriados nacionais com possibilidade de emendar com finais de semana, o aumento previsto no fluxo internacional e a continuidade da crescente demanda de turistas domésticos criam um ambiente favorável para que os destinos planejem ações integradas ao longo do ano.

Para a Unedestinos (União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos), o momento reforça a necessidade de um planejamento consistente, com os destinos avançando na qualificação de serviços, no fortalecimento da governança e na criação de agendas colaborativas que ampliem o desenvolvimento do turismo ao longo do próximo ano.

E 2025 já provou que o turista brasileiro gosta de explorar o próprio país em suas viagens.

De acordo com o Ministério do Turismo, o setor aéreo movimentou mais de 9 milhões de passageiros em voos domésticos ao longo do mês de outubro – o maior número registrado no período desde janeiro de 2000, quando teve início a séria histórica da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC). 

Segundo a Unedestinos, esse cenário deve se intensificar com as folgas prolongadas previstas para 2026. Serão 11 feriados nacionais e pontos facultativos “emendáveis” facilitando deslocamentos curtos e regionais. Apenas um (15 de novembro) cai no domingo. Há ainda períodos mais extensos, como Carnaval, Páscoa e Corpus Christi, que podem ser perfeitos para uma esticada até outro estado

O presidente da entidade, Toni Sando, afirma que o calendário oferece uma base sólida para estimular o movimento interno.

Toni Sando, presidente da Unedestinos – Divulgação – Fonte: Assessoria

“Os feriados distribuídos ao longo de 2026 permitem que os brasileiros se programem para aproveitar as pausas e explorar destinos nacionais. Esse planejamento fortalece a economia do turismo, de Norte a Sul do Brasil, e beneficia toda a cadeia produtiva”, observa.

Estrangeiros

O movimento internacional também segue em expansão. Até o final de 2025, o Brasil deve ultrapassar os 9 milhões de visitantes estrangeiros, e a expectativa é de manutenção desse ritmo em 2026. A entidade destaca que os destinos precisam atualizar estratégias para receber esse público com eficiência e ampliar sua presença no mercado global. “Ampliar nossa presença no mercado global depende de ações contínuas de promoção e articulação entre diferentes setores. A colaboração entre iniciativa privada, governo e entidades do setor é essencial para ampliar resultados”, destaca Sando.

A ampliação da malha aérea permanece como um ponto central no planejamento, permitindo que turistas nacionais e estrangeiros cheguem aos destinos com maior facilidade. “Novas rotas e maior conectividade contribuem para distribuir melhor o fluxo de visitantes pelo território nacional”, diz o presidente, que sugere ainda outras ações de estruturação, como atualização de calendários de eventos, fortalecimento das campanhas de marketing, qualificação de serviços de recepção e criação de roteiros temáticos.

Copa do Mundo

O ano também ganha impulso com a realização da Copa do Mundo, entre 11 de junho e 19 de julho. Na primeira fase, o Brasil joga em 13 de junho (sábado), às 19h; em 19 de junho (sexta), às 22h; e em 24 de junho (quarta), às 19h. Os horários favorecem a realização de eventos e celebrações que atraiam visitantes e envolvam as comunidades locais.

“Os jogos da seleção na fase de grupos acontecem em horários que permitem celebrações no fim de semana e no pós-expediente. Os destinos podem organizar eventos que criem novas possibilidades de ativação turística e movimentem restaurantes, hotéis, centros de eventos e espaços públicos”, diz Sando.

Com Copa do Mundo, destinos devem apostar em programações locais
Fonte: Tomaz Silva/Agência Brasil

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