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Executivos discutem o futuro do mercado de telecomunicações no Brasil

Especialistas apresentam oportunidade para o mercado de telecomunicações

Reunido na Futurecom, maior evento de transformação digital da América Latina, o time de especialistas da Accenture, empresa líder global em serviços profissionais, apresentou as mais recentes soluções desenvolvidas para o setor de telecomunicações.

Temas como segurança cibernética, machine learning, mercado de streaming, novas mídias, big data e marcos regulatórios foram objetos das discussões lideradas pelos executivos.

Abaixo mais informações sobre as participações de alguns dos porta-vozes da empresa no evento.

Jefferson Wang, Accenture Global 5G Offering Co-Lead, sobre a transformação do Mercado de telecomunicações

Jefferson Wang aponta para o fortalecimento do mercado de jogos eletrônicos com a liberação das faixas para o 5G. Foto: Fábio Nunes

Com o avanço do 5G e, consequentemente, da relação dos consumidores com os serviços de telecomunicações, deixa de fazer sentido o modelo de negócios baseado em receitas de telefonia. Seria, então, o fim das operadoras? Pelo contrário. Para Jefferson Wang, Accenture Global 5G Offering Co-Lead, significa uma oportunidade para o mercado de telecomunicações explorar novas frentes e serviços: uma revolução na relação com os clientes.

“Hoje, as equipes de engenharia se preocupam com a estrutura das redes para a gestão entrar, num segundo momento, com as decisões de negócios. Com o 5G, gestão e engenharia precisarão caminhar juntos para definir quais serão os serviços oferecidos pela empresa e em quais frentes ela estará presente”, explica.

O executivo ainda aponta como a tecnologia 5G destrava um mundo de possibilidades, especialmente para a indústria de entretenimento, com vídeos de alta resolução, experiências de conteúdo imersivo e o mercado de jogos eletrônicos. “Enquanto o parâmetro para o 4G era o MB, novas medidas surgem com o 5G, como a velocidade – que poderá superar o 1Gbps; números de conexões; confiabilidade e segurança; tempo de latência – que deve ser menor que 10ms; qualidade da rede; e analytics e insights”, avalia.

Paulo Tavares, diretor-executivo da Accenture, sobre o 5G como fator determinante na transformação dos negócios e serviços

Paulo Tavares defende a necessidade de mudanças na relação com os consumidores do setor de telecomunicações. Foto: Fábio Nunes

Durante o evento, Paulo Tavares, diretor-executivo da Accenture, citou pesquisa conduzida pela Accenture em 2019 sobre a percepção do 5G com operadoras, clientes e funcionários de empresas de telecom para entender o impacto da tecnologia no dia a dia com uma base maior em dados, de forma mais próxima à realidade.

De acordo com o executivo, o estudo demonstrou que 60% dos líderes de indústria entrevistados concordam que ainda não têm conhecimento suficiente sobre as possibilidades do 5G. Para ele, isso mostra que a indústria é um segmento que ainda tem potencial para ser explorado e que os novos produtos e serviços precisam ser tangibilizados e fazer sentido do ponto de vista de negócios para conquistar esse segmento.

Nos dados apresentados pelo porta-voz, das 119 operadoras que participaram do estudo, 60% concordam que usuários irão pagar mais pelo 5G, sendo que 50% acreditam que boa parte da nova oferta de serviços virá de parcerias com o ecossistema. Do lado dos consumidores, 40% disseram que não irão pagar mais e não têm uma visão de benefícios do 5G além do aumento de velocidade.

Nossa conclusão é que essa desconexão entre consumidores e empresas exige uma transformação cultural para que tanto os consumidores quanto os líderes de indústrias entendam as possibilidades do 5G“, avalia o diretor-executivo da Accenture.

Robert Duque-Ribeiro, diretor-executivo e líder da Accenture Analytics para América Latina, sobre o impacto da inteligência artificial nas nossas vidas

Clique aqui para assistir ao vídeo do canal da Accenture no Youtube, em que Robert Duque derruba os principais mitos que rondam a IA

A inteligência artificial não surgiu para fazer o que os humanos fazem, mas para dar suporte às tarefas que realizam. Segundo Robert Duque, diretor-executivo e líder da Accenture Analytics para América Latina, melhor seria chamá-la de “inteligência amplificada”, e não artificial.

A situação da inteligência artificial é de “muito barulho”, avalia o executivo, “mas sem muitos resultados quando não há uma consultoria adequada e uma visão estratégica”, complementa. Robert cita o estudo divulgado recentemente pela Forbes mostra que 65% dos projetos que utilizam inteligência artificial ainda não deram resultados. Pelo lado positivo: empresas menores têm sido capazes de alavancar inteligência artificial porque não têm as barreiras que as grandes têm. A mudança organizacional é de extrema importância.

“A inteligência artificial hoje ainda não está no nível de analisar a interpretação contextual de algumas informações. Ela sabe identificar o que é um cachorro, um copo, petróleo…mas não sabe interpretar que o petróleo polui o meio-ambiente e os impactos disso na economia. Esse tipo de interpretação é feito pela inteligência humana. Então o nosso papel é saber potencializar essa oportunidade que a IA oferece para otimizar o trabalho realizado pelo ser humano“, afirma.

Devemos ver a amplificação das capacidades da IA nos próximos anos, mas é preciso preparar a sociedade para isso. “É preciso ter transparência nos modelos de negócio para evitar o aspecto invasivo da tecnologia, assim como habilitar a força de trabalho para lidar com esses novos processos. Em um mundo de inteligência artificial onipresente, será preciso para o trabalhador estar sempre aprendendo e se capacitando”, conclui Robert.

David Dias, diretor de inteligência artificial, robótica e análise avançada de dados da Accenture, sobre a implementação de IA e machine learning nas empresas de telecom

David Dias explica a mudança de paradigmas da relação homem máquina com a implementação da IA em escala nas empresas. Foto: Fábio Nunes

A implementação de machine learning e de soluções de IA nas empresas deve partir de um princípio claro: qual é o objetivo da companhia com o investimento nessa tecnologia? Mesmo dentro das melhores empresas e processos existem dores que precisam ser sanadas. Identificar o problema é a premissa para desenhar um plano de ação eficiente. “Mais de 80% dos dados criados hoje no mundo dos negócios não são estruturados. Muita informação pertinente e relevante sobre os consumidores, que devem guiar decisões e insights de gestão, estão dentro desse universo”, explica David Dias, diretor de inteligência artificial, robótica e análise avançada de dados da Accenture.

Para o executivo, o primeiro passo dessa jornada deve ser dado pela estruturação de dados já coletados e armazenados pela empresa. Teoricamente, quanto mais dados, melhor, considerando uma maior combinação de variáveis, aumentando a assertividade da análise. No entanto, o processo ainda está limitado à capacidade computacional. “Muitas empresas usavam a IA para atendimento ao cliente nos call centers. Mudamos isso para passar a usar essa inteligência como interface de relacionamento com os clientes”, conta.

O machine learning é capaz de responder o que aconteceu no processo; determinar padrões para prever acontecimentos; e combinar variáveis para indicar o que se deve fazer para que algo aconteça. No novo paradigma de mercado – de convivência entre homem e máquina, o fator humano é determinante para eficácia da tecnologia.

Quando se fala em transformação digital, deve-se pressupor uma transformação cultural. A ética da IA é diretamente proporcional à ética humana, uma vez que o treinamento da máquina é feito pelos humanos”, explica David. Segundo ele, neste cenário, a vantagem competitiva de uma organização está no investimento em talentos e na diversidade das equipes.

Luís Bonilauri, líder de mídias para Accenture América Latina, sobre a transformação do mercado Broadcast & OTTs

Especialistas se reuniram na Futurecom para falar sobre o mercado de telecomunicações explorar, apresentar novas frentes e serviços
Para Luís Bonilauri, o uso de IA em empresas de mídias deve otimizar os custos com produção de conteúdo. Foto: Fábio Nunes

Para especialistas, o consumidor vive a abundância de conteúdo de streamings. Neste cenário, a experiência do cliente é cada vez mais importante, uma vez que, os produtos e fornecedores podem ser trocados ou substituídos facilmente. Luís Bonilauri, líder de mídias para Accenture América Latina, analisa que o mercado se torna, portanto, uma “guerra dos streamings”, travada entre os diversos players que disputam o bolo, além da reinvenção das grandes produtoras com mais tempo de mercado.

Para o porta-voz do mercado de mídias da consultoria, as “pararafernalhas” de produção de conteúdo requerem um grande investimento das produtoras. Por isso, de acordo com o executivo, o uso da inteligência artificial seria útil para otimização dos custos para as empresas, além de melhorias da experiência do consumidor.

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