Página Principal Revista EBS

O virtual vai substituir o físico?

Físico x Virtual - Foto: Assessoria
Físico x Virtual - Foto: Assessoria
As facilidades do virtual, a importância da experiência, e o futuro!

Nas minhas férias deste verão fui visitar a mais nova atração do complexo Disney, em Orlando. Refiro-me a Pandora – The World of Avatar, o fantástico parque instalado nos domínios do Animal Kingdon.
O ambiente, por si só, já vale a visita. A reprodução das rochas flutuantes e a vegetação (artificial) típica do filme que inspirou o parque são realmente fantásticas. Há também um restaurante criado de acordo com o tema – o Satu’li Canteen –, além logicamente das lojas, que vendem lembranças do mundo de Avatar. Mas as grandes atrações são duas: o Flight of Passage e o Na’Vi River Journey.

Como o parque ainda é novo (inaugurou em meados de 2017), as filas são imensas. Para o Flight of Passage, encarei quase 4 horas de fila. Uma parte dessa imensa fila é num ambiente bacana, com elementos do tema, o que minimiza o perrengue. Mas o que me motivou escrever esse artigo foi a constatação de que a atração principal, depois de 4 horas de fila, é uma experiência de uns 10 minutos num simulador. Você vive a experiência de voar num Banshee, uma espécie de cavalo (ou dragão) alado. São 10 minutos de tirar o fôlego. Simplesmente fantástico!

Mas aí vem a pergunta: “Precisamos pegar um avião, ir para outro país, pagar um ingresso caro, ficar horas numa fila, para viver uma experiência num simulador 4D!? Não daria para termos o mesmo aparato num shopping, aqui mesmo, perto de casa?”. Em teoria, sim. Mas, na prática, a experiência não seria a mesma. Nada substitui o estar lá. As selfies compartilhadas e a vivência no meio de um grande público, formado por pessoas de inúmeras nacionalidades…

Todo esse universo físico não dá para ser reproduzido virtualmente. Pense nos grandes festivais. O Lollapalooza, por exemplo. Será que as pessoas querem estar lá simplesmente para ver e ouvir suas bandas favoritas? Não! É muito mais do que isso. É estar lá, encontrar pessoas interessantes, viver sensações nos 5 sentidos.
É poder dizer: eu estava lá! É por isso tudo que eu acredito que os eventos e os encontros presenciais têm vida longa.

Hoje, já temos tecnologia para realizar eventos virtuais, até com recursos de holografia, quando você pode reproduzir a “presença” de uma atração virtualmente. Mas nada substitui o abraço, o olhar ao redor, os cheiros, os sons ambientes, a emoção do “ao vivo”.

O mundo não caminha para a virtualidade, mas para uma condição híbrida, onde conseguiremos equilíbrio entre o físico e o virtual. É o que eu acredito e espero.

 

Relacionados

Mark Up transforma o MUBS, evento sobre marketing, tendências e inovação, em videocast

“The Future is ALL ON”- CES 2024 começou a maior feira de tecnologia do mundo

Futurecom 2023: o protagonismo do 5G

Futuro dos eventos: IA e IoT moldam experiências memoráveis