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O engajamento com tecnologia

Engajamento com tecnologia
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O envolvimento dos participantes é um dos principais aspectos para medir o sucesso de um evento

Os aplicativos móveis permitem a exploração das diferentes alternativas disponíveis para envolver, interagir e se relacionar com os participantes do seu evento. Mesmo assim, é preciso oferecer ferramentas eficientes e trabalhar as opções disponíveis com afinco.

Evolução dos aplicativos

“Os aplicativos móveis empoderam os organizadores a realizarem eventos mais envolventes e efetivos”. A afirmação é de Vander Guerrero, gerente geral para a América Latina da EventMobi, e demonstra o quanto os apps (aplicativos) ganharam importância no segmento de feiras e eventos em geral.

Tal situação ainda é recente e é preciso entender o processo de evolução dos aplicativos. André Rodrigues, CEO da MobLee, observa que os aplicativos foram criados inicialmente com o intuito de servir ao público frequentador de eventos e tinham como propósito transpor as informações que, habitualmente, seriam disponibilizadas a partir de panfletos e websites. “Com o passar do tempo, estes mesmos aplicativos foram agregando recursos que já não poderiam ser contemplados nos canais tradicionais, como a criação de perfis dos participantes, troca de mensagens, espaço para publicação de textos e imagens, enquetes em tempo real, envio de perguntas a palestrantes, mapas interativos, programação completa, agenda interativa, integração com mídias sociais, envio de notificações em tempo real para todos os participantes e afins”, aposta André Rodrigues.

Guilherme Corrêa Neto, sócio-diretor da Digital Solvers, analisa que faz menos de três anos que os planejadores de eventos começaram a substituir os guias de programação em papel por dispositivos mobile com sucesso: “Hoje não há dúvida de que os aplicativos mobile de eventos melhoram o engajamento, mudam o comportamento dos participantes, ou seja, facilitam a melhor participação geral, proporcionam o aumento de partilha de informação e promovem a colaboração nos eventos em geral”.

Customização amplia as possibilidades

“Os apps (aplicativos) funcionam como um guia de bolso e é essencial que este app tenha a marca do evento e ofereça todo o pacote de opções que o organizador deste evento necessita e fará uso posteriormente. Hoje em dia não funciona um produto engessado e a customização é a forma de atender plenamente os clientes”, determina Vinícius Neris, diretor da InEvent. Outra característica que os especialistas em desenvolvimento consideram essencial para os aplicativos é que eles não devem exigir conhecimento técnico ao serem operados e também permitir que o usuário possa criar sua interface, carregar a agenda, criar uma pesquisa ou configurar uma interatividade, entre outras funções.

Importância do engajamento

Antes de analisar o tema, Vinícius Neris indica que dados do setor mostram que apenas 10% dos eventos no Brasil utilizam aplicativos. “Nos EUA a porcentagem é de 60%. Ainda estamos num processo de educar os organizadores e o público. O essencial é que o produto oferecido, o aplicativo, traga soluções reais para todas as possibilidades durante a organização e realização de um evento, não importando o tamanho. A tecnologia acelera e automatiza o processo. Em relação ao próprio engajamento, as redes sociais tornaram-se parte da vida das pessoas, que tem o desejo de compartilhar experiências. Tenha em mente que um evento é uma rede social e tem que permitir que seus integrantes, que no caso são desde os promotores e organizadores até os visitantes, interajam postando fotos, vídeos, frases, perguntas… e o evento deve tirar proveito deste disposição e utilizar o conteúdo a seu favor”.

Guerrero, da EventMobi, indica que promover a interatividade ou o networking sempre foram objetivos dos eventos. “O fato é que hoje em dia todos os participantes dos eventos estão armados com smartphones superpotentes. É preciso que a solução explore a familiaridade dos participantes com seus dispositivos para oferecer recursos de engajamento que ajudam o organizador a atingir seus objetivos. Por exemplo, por meio de um muro virtual de perguntas e respostas, uma votação eletrônica instantânea ou uma dinâmica de gamification para promover a retenção de conteúdo”. André Rodrigues, da MobLee, aponta que os aplicativos têm permitido que os eventos possam se expandir para além de suas fronteiras de tempo e espaço, garantindo aos participantes a possibilidade de se comunicarem entre si e entrarem em contato com os conteúdos diversos antes, durante e depois do próprio evento, se assim for do interesse da organização.

Como engajar

Há várias opções disponíveis e devem ser escolhidas de acordo com o objetivo a ser alcançado. Vander Guerrero aponta que o Gamification é uma dinâmica não tão popular, mas muito efetiva. “Ela pode ser utilizada para promover algum comportamento específico, como visitar uma determinada área do evento. Utiliza-se desafios, pontos, rankings e recompensas e se pode elevar a participação para um outro nível”.

André Rodrigues atesta que muitos eventos têm usado o aplicativo para criar uma comunidade de pessoas que perdura entre as diferentes edições e permite que os usuários compartilhem conhecimentos, tirem dúvidas e interajam continuamente. “Isso não apenas tende aumentar o engajamento dos participantes como também garante o nível de interesse em torno do evento sempre em alta”.

Guilherme Corrêa Neto aponta as seguintes opções: Gamification, beacons, votação interativa, como eu penso, troca de contatos por QR Codes, check in nas sessões ou em expositores. “Acredito que os beacons, assistentes pessoais e outras funcionalidades ainda devem impactar os aplicativos de eventos”.

Envolver pelas telas

Todos os recursos disponíveis devem ser explorados para proporcionar e aumentar o engajamento nos eventos. Uma ferramenta que tem se destacado são as telas, independentemente do seu tamanho, que estão cada vez mais comuns nos eventos promovidos no Brasil. Rob Srivastava, diretor da TINT, explica: “Para que a projeção (tela) comece a engajar os participantes, basta que ela tenha acesso à internet. Há ainda alternativa de instalação de um adaptador específico nesta tela que possibilitará também o controle sobre o conteúdo de qualquer parte do mundo”. Rob complementa: “O sistema é bem simples. Basicamente ele captura o conteúdo e o personaliza. A seguir, decide-se quantas telas serão utilizadas, assim como as mesmas informações poderão ser divulgadas em websites, facebook, entre outros. Este processo é realizado por meio de Hashtag”.

Projeção em telas desenvolvida pela TINT
Projeção em telas desenvolvida pela TINT – Divulgação TINT

É preciso engajar, tem que participar e ganhar alguma coisa em troca. Hoje não basta apenas colocar uma foto, tem que chamar a atenção do público, e principalmente, dos anunciantes. As pessoas postam informações o tempo todo, o que também acontece nos eventos. Não podemos perder a oportunidade e aproveitar estas postagens para gerar conteúdo. Naturalmente, quando as pessoas percebem que a sua foto, postagem, pergunta está na tela, o nível de curiosidade e a atenção para aquela tela é aumentado consideravelmente, principalmente quando comparado a uma tela estática.

Projeção em telas desenvolvida pela TINT
Projeção em telas desenvolvida pela TINT – Divulgação TINT

Outro dado importante do produto é que ele pode ser customizado de acordo com os critérios definidos pelo organizador: “As telas de um mesmo espaço podem passar conteúdos diferentes ao mesmo tempo. Lembramos também que o processo permite integrar todas as plataformas também, entre outras possibilidades”, esclarece Rob Srivastava.

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