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ALAGEV promove Jornada Virtual pré-LACTE sobre novo modelo de trabalho

O segundo painel foi liderado por Daniela Swiatek, profissional de inovação, mobilidade urbana e transformação digital - Foto: Divulgação
Com o tema “Mobilidade”, o encontro contou com aproximadamente 100 participantes da América Latina

Publicado em 01/02/2022

Na última quinta-feira (27), em evento on-line e gratuito, a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV) promoveu a sua segunda Jornada Virtual pré-LACTE POP-UP TRAVEL, um aquecimento para as reflexões da LACTE17.

Com o tema “Mobilidade”, o encontro contou com aproximadamente 100 participantes da América Latina e discutiu práticas, desafios e soluções do novo modelo de trabalho “work from anywhere” neste período de pandemia da covid-19.

“Estamos vivendo momentos desafiadores e nos redescobrimos. Os empresários que não se adequarem à nova realidade e olharem para o mercado começarão a perder o seu espaço. Ao escutar esses especialistas refletimos sobre o atual cenário e apresentamos tendências para uma retomada consciente. O futuro que parecia mais uma possibilidade para empresas modernas, virou uma realidade para quase todas, até mesmo as mais tradicionais, e, com isso, surgiram novos desafios. Essa Jornada Virtual instiga a repensar, planejar e reconstruir um setor melhor, com sustentabilidade, equidade e inclusão”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da ALAGEV.

O evento contou com dois painéis. O primeiro teve a participação de Daniel Hoe, vice-presidente de Marketing América Latina da Salesforce; Andreia Balbino, head de RH da Siemens Energy; e Michelle Andrade, head of People & Culture da L3; com mediação de Tricia Neves, cofundadora e sócia da Mapie. O conteúdo mergulhou em análises sobre o comportamento das empresas nesse momento em que as pessoas podem trabalhar de qualquer local, como, por exemplo, de casa, em outro país, coworking, restaurante ou hotel. Durante o bate-papo foram apresentadas plataformas para serem utilizadas pela equipe de profissionais e que são acessadas e gerenciadas por meio de infraestruturas compartilhadas.

“O trabalho é uma atividade e não um lugar que você vai. Antes, os profissionais pensavam que para crescer na carreira era necessário estar na sede principal da marca. Mas, hoje, podemos estar em qualquer local do mundo e trazer ótimos resultados. Se a pandemia tivesse acontecido há 100 anos, o mundo seria um caos. Na nossa atual realidade, temos a facilidade da tecnologia”, ressaltou Daniel.

O painelista explicou também como a Salesforce se adaptou nesses dois anos. “O colaborador define a sua maneira de trabalhar, se ele prefere presencial, home office ou híbrido. Somos muito transparentes e pensamos no bem-estar de cada um. As pessoas estão focadas em seu propósito de vida e as empresas precisam escutá-las. Não existe mais espaço para líderes controladores”, finalizou.

Já a L3 mudou a sua estrutura geral. A empresa não tem mais escritório físico e os profissionais passaram a fazer 100% home office. “O serviço remoto é uma nova cultura. Escutamos o que o colaborador precisava e cada peculiaridade para esse cenário. Mensuramos as entregas e não o tempo de trabalho. Os gestores precisam ter clareza de estratégia, organização e acompanhamento das entregas. O feedback one to one é fundamental, além de promover um ambiente de colaboração com ferramentas que estimulem essa união”, comenta Michelle. 

De acordo com Tricia, que trabalha há 12 anos no modelo home office, a pandemia teve o seu lado negativo, mas também mostrou a relevância dos serviços remotos. “Antes, quando dizia que trabalhava de casa, as pessoas não entendiam como eu não tinha escritório. Hoje, elas compreendem que podemos apresentar bons resultados de qualquer lugar”, ressalta. 

Complementando esse pensamento, Andreia enfatizou a valorização da flexibilidade e a relevância de entender as necessidades dos colaboradores. “Oferecemos a possibilidade de home office parcial ou total. O colaborador negociava o que era melhor para a sua situação. Nesse processo, fornecemos toda a área de segurança e auxílio financeiro de internet, empréstimo de mesas e cadeiras, tudo de acordo com a legislação. Além disso, disponibilizamos especialistas para tratar de questões emocionais, já que passamos por momentos difíceis nessa pandemia”, comenta. 

Durante o bate-papo foram realizadas algumas enquetes, entre elas o quanto a liderança se preocupa com o bem-estar do colaborador. Do total, 47% dos respondentes disseram que se preocupam parcialmente, 39% concordam plenamente, 8% discordam totalmente e 4% não concordam parcialmente. 

No segundo painel, liderado por Daniela Swiatek, profissional de inovação, mobilidade urbana e transformação digital, foram apresentados dados da pesquisa de índice de mobilidade corporativa realizada pela Bynd em 2019. Ao mostrar o deslocamento dos funcionários de grandes marcas, foram identificados os custos, tempo de locomoção, classe social, localização e distância das moradias dos entrevistados até o local de trabalho. 

A painelista instigou a reflexão sobre o abismo social e as mudanças pré, durante e pós-pandemia. “Ao discutir esses temas, devemos pensar em toda a cadeia de trabalho. No contexto histórico, os empregados precisavam estar nas fábricas, o que aumentou o número de moradias próximas às indústrias e, automaticamente, o comércio e o transporte expandiu. Mas os locais valorizaram e, hoje, as pessoas não trabalham próximas de seus empregos. Existem funcionários que levantam às 3h para chegar na empresa às 7h, por conta da mobilidade. Qual a qualidade de vida desse trabalhador? Vale lembrar que nem todas as pessoas têm estrutura para fazer home office. O que gera um desafio diário”, sinalizou. 

Daniela destacou também a questão das empresas retomarem os velhos hábitos. “Desde o passado, não mudou o fato de que as organizações continuam exigindo que as pessoas fiquem juntas fisicamente em horário comercial. Muitos líderes não flexibilizam, mesmo depois que apresentamos os dados sobre as dificuldades de seus funcionários. Estamos voltando aos índices de 2019, porém com mais desigualdade”, comentou. 

Para acompanhar o conteúdo completo das duas edições já realizadas na Jornada Virtual POP-UP Travel, acesse o canal do YouTube da ALAGEV (link). Confira também mais informações sobre os seus eventos nas redes sociais: Instagram | Facebook – ALAGEV.oficial e LinkedIn – ALAGEV.

LACTE17

Nos dias 8 e 9 de março será realizada a LACTE17, presencial para 600 participantes (além do público virtual) no WTC Events Center bem como em mais um país da América do Sul. Em sua 17a edição, a L²ACTE² (Live Latin America Community Travel and Events Experience) traz em sua conceituação os pilares comunidade, conexão, colaboração e construção. A causa principal do encontro, que começa no Dia Internacional da Mulher (8 de março), será o “Protagonismo Feminino no Turismo”.

Com a assinatura “Build back better together”, estará voltada a trazer conteúdo alicerçado em reduzir custos, cuidar da comunidade e ser, de fato, agente da mudança. Tudo isso, junto e potencializando a criatividade, o conhecimento e as conexões de toda a comunidade de viagens e eventos corporativos – gestores e fornecedores –, para que cada um contribua ativamente na reconstrução de um setor transformado e sustentável para todos.

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