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A importância da empatia na tomada de decisões

Empatia na tomada de decisões
Foto: Geralt/Pixabay
Empatia é capacidade de projetar a personalidade de alguém num objeto, de forma que este pareça como que impregnado dela.

Publicado em 30/03/2020

Definir caminhos de proteção em um país continental, em tempos de pandemia e com redes sociais em efervescência, com velocidade de internet ampliada para nos manter em casa, é um dos caminhos mais árduos a percorrer, hoje.

Em momentos quando nem Sua Santidade, o Papa Francisco, foi poupado das agressões virtuais e a população discute freneticamente sobre os “melhores” caminhos a serem seguidos, Decretos, Medidas Provisórias, Resoluções e Diretrizes em todas as esferas de poder sendo editadas, com efeitos imediatos, encontramos palavras-chave para quem busca, e pretende alcançar, pontos de equilíbrio: mediação e negociação.

Mediação e Negociação que têm como premissas escutar, ativa e atentamente, ao que se diz, antes de responder ou decidir, vêm sendo recomendadas em todas as medidas dos governos para as questões trabalhistas, contratuais, financeiras, econômicas, fiscais e de saúde.

Todavia, os interesses individuais vêm se sobrepondo aos coletivos, à medida que os discursos políticos recebem “likes” em contrapartida às críticas ao Presidente, Governadores e Prefeitos, transformando o momento em palanque, colocando a saúde, física, mental e financeira da população em risco, diante da absoluta falta de comunicação entre os governantes.

Roger Fisher e William Ury, há trinta anos, desenharam um dos melhores caminhos para se alcançar bons objetivos com a célebre obra: “Como chegar ao SIM”.

A importância de escutar o outro, exercitar a empatia pelo problema que pode não ser seu, demonstrar interesse e compreensão pelo o que o outro está passando, pode ser a melhor ferramenta disponível, para se chegar às mais criativas e viáveis soluções.

Um país continental, com características tão diferentes, não pode ser tratado com as mesmas decisões diante de uma pandemia desconhecida e que se mostra devastadora. O mesmo se aplica nas relações entre as pessoas, diferentes também entre si. Deveras simplista nos compararmos aos melhores ou piores resultados conhecidos até agora, quando somos tão diferentes de todos eles, por nossa própria natureza.

Como nos ensinam Fisher e Ury, “para reduzir o efeito dominador e dispersivo da imprensa, da plateia doméstica e de terceiros, uma boa tática é estabelecer meios de comunicação privados e confidenciais”, além de limitar o número de negociadores e, por que não, desligar-se das redes sociais.

Valéria de Sousa Pinto, Advogada e Mediadora, Presidente da Comissão de Mediação da OAB/PR.

O momento é de escutar e registrar o que está sendo dito. De falar com calma e clareza para ser entendido, respeitando a opinião do outro. De estar lado a lado para enfrentar e vencer O PROBLEMA, não as pessoas. Estas precisam ser preservadas.

Autora: Valéria de Sousa Pinto, Advogada e Mediadora, Presidente da Comissão de Mediação da OAB/PR.

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